Um dia em grande!
Quando me levantei no domingo passado, eram umas 06:10 horas da manha, pensei para mim, “já não chegou um época inteira de esforços, que ainda tinha que me meter a remar em veteranos, não ganho juízo”, muito enganado estava, foi o inicio de um dia bastante agradável, descobri o outro lado do remo, o lado dos veteranos. Fizemos apenas dois ou três treinos, só para ver alturas e afinações, nada de esquemas de treinos, muitas vezes só o facto de existir um esquema de treino para cumprir, faz com que a vontade de treinar seja menor, experimentem um dia ir para o rio, só para remar e remar, é muito bom, eu aconselho. A viagem para Montemor-o-Velho, como é normal nestes casos em que se juntam remadores de várias gerações de um clube, as histórias são sempre a constante, “lembras-te daquele oito em mil novecentos e não sei quantos”, “lembraste daquela regata em não sei quantos”, “lembraste quando fulaninho, isto e aquilo”, eu assistia a este relato de histórias com bastante atenção, lembro-me bem de quase todas elas, embora bastante antigas algumas, eu com oito anos já andava no posto náutico do Caminhense com o meu avô, também ele antigo remador, mas a lenda viva de todas as gerações é o Henrique Baixinho, todos que fomos remar neste campeonato de veteranos éramos antigos campeões nacionais, em diferentes anos, uns mais cedo outros mais tarde, uns juntos com outros, e em alguns casos, sem nunca terem remado juntos, mas o “Minas”, em todas as historias que foram contadas estava presente, e lembrava-se muito bem de todas, é claro que o maior contador de historias também é ele. Chegados a pista, fizemos um treininho no shell de oito, o único treino com a equipa completa, depois de uma baixa de ultima hora, (do João Santos, que fez um traumatismo craniano, mas neste momento encontra-se bem, embora não pode fazer esforços durante algum tempo), o treino correu bem, fizemos umas afinações de ultima hora e prateleira com o barco. Só entramos em três regatas (2X B; 4+ B; 8+ A), mas ganhamos as três, embora a prova de oito tenha sido uma regata linda, o Zé Manel avisou-me para ai umas 20 vezes durante toda a manha para ter calma com o ritmo que aquilo era veteranos, eu só me ria, sabia bem que embora houvesse pessoal que já não remava á algum tempo, remar é como andar de bicicleta, nunca se esquece, fomos apanhados no meio de um despique muito interessante entre as duas equipas da Figueira da Foz, grande rivalidade, espero que só exista mesmo na água, engraçado também foi o facto de nessas duas tripulações estarem a marcar, dois antigos colegas da selecção, um abraço para o Abel e para o Carlos, conseguimos ganhar, mas não foi nada fácil, acho que nem por um comprimento foi, mas isso é o de menos, nos veteranos o que interessa mesmo é desfrutar o remo e conviver. Depois desta manha desportiva, nada melhor que um valente “pic-nic” ao ar livre num jardim ali perto da pista, quando lá chegamos o porco já estava a dar voltas em cima das brasas, havia também sardinhada e um caldo verde quentinho, comeu-se bastante bem, faltou a cervejinha (pelo menos não me apercebi que houvesse), mas o vinho também não era nada mal, ao fim desta valente comezaina á portuguesa, a entrega de prémios, e as despedidas da praxe, toca a partir para Caminha, cansados, de barriga cheia mas com o dever cumprido. Foi uma experiência muito agradável, para o ano estarei novamente presente, e se houver tempo e disponibilidade, para o próximo ano talvez acompanhe o Baixinho ao Mundial de veteranos, acho que é em Zagreb - Croácia, mas só vou se no regresso, aproveitarmos e passarmos pela costa da Croácia, que ouvi dizer que tem um bom clima e boas praias, isto de remar em veteranos tem que ser mesmo assim, mais na base de férias. Abraço a todos os veteranos, continuem a remar que para o ano há mais.
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