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quarta-feira, abril 25, 2007

Silken Laumann

Existem nomes que ficam para sempre ligados a determinadas modalidades, Silken Laumann é um desses casos, esta atleta Canadiana nunca será esquecida no remo, a sua história contribui-o para enaltecer ainda mais uma modalidade de lutadores, ela foi e será sempre um exemplo para todos, não só no seu país como em todo o mundo, não só no remo como em todo o universo do desporto.
Silken Suzette Laumann, nasceu a 14 de Novembro de 1964, em Mississauga – Canada, oriunda de uma família de vários desportistas, Silken desde muito nova se interessou pela prática desportiva, embora o tenha feito no atletismo, em 1982, talvez incentivada pela sua irmã, já praticante da nossa modalidade, mudou-se para o remo. Com pouco mais de dois anos a praticar remo já estava a ganhar a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 1984, fazendo tripulação de doubble scull com a sua irmã, demonstrando logo ai a sua enorme determinação em vencer.
Talvez todos pensem que vou falar de mais uma atleta de curriculum invejável, recheado de ouros, mas não, Silken Laumann não é conhecida por vitórias deste tipo, ela é conhecida por muito mais que isto, a sua maior vitória foi fazer o que ninguém alguma vez pensava que seria possível, apenas ela, porque sabia que o seu sonho não podia acabar daquela maneira.
Estávamos no ano de 1992, ano de Jogos Olímpicos, Silken era a grande aposta da selecção Canadiana para vencer a prova de skiff feminino, depois de se ter sagrado campeã mundial em 1991, apesar das fortes rivais existentes na altura, casos de Lipa da Roménia, Annelies Breadel da Bélgica, Maria Brandin da Suécia ou Anne Marden dos Estados Unidos, a realidade é que Silken oferecia todas as condições para conquistar o ouro Olímpico para a selecção Canadiana.
Dia 15 de Maio de 1992, a pouco mais de dois meses do grande sonho de qualquer desportista, os Jogos Olímpicos de Barcelona, Silken encontrava-se em Essen - Alemanha, em mais uma prova de preparação para o objectivo Olímpico, num treino perfeitamente normal que acontece sempre em véspera de regata, o incrível aconteceu, um doubble scull masculino alemão choca violentamente com a sua proa contra o skiff de Silken, segundo se consta a proa dessa embarcação encontrava-se totalmente desprotegida, sem a bola de borracha colocada, pelo que funcionou como uma autêntica lamina, atravessando literalmente a perna direita de Silken, causando-lhe lesões gravíssimas ao nível dos músculos e tendões.
Assistida de imediato num hospital alemão, os médicos afirmaram categoricamente que seria um grande milagre Silken conseguir um dia voltar a praticar desporto de competição, cinco cirurgias em apenas dez dias, quatro semanas internada num hospital, para todos era mais que evidente, terminava o sonho de participar nos Jogos de Barcelona, para todos, menos para ela.
Dia 3 de Agosto de 1992, lago Olímpico de Banholas vai ser realizada a final Olímpica de skiff feminino, todos os olhos estão colocados numa atleta, Silken Laumann, não me perguntem como foi possível ela estar ali presente, não faço a mínima ideia, apenas sei que sempre que se movimentava em terra necessitava ainda da ajuda das muletas para caminhar, perguntem-me em que lugar ficou, em terceiro lugar, conquistou talvez a medalha de bronze mais importante que alguma vez alguém ganhou no remo. Silken ainda voltou a ganhar uma medalha Olímpica, nos Jogos de Atlanta 1996, retirou-se da modalidade em Agosto de 1999, actualmente trabalha em projectos relacionados com actividades para crianças. No seu país, ainda hoje, a sua história é lembrada e utilizada para os mais diversos objectivos, é um nome que nunca será esquecido, é um nome para sempre ligado ao remo.

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terça-feira, abril 17, 2007

Produções caseiras!

Já descobri o que vou fazer quando deixar o remo, realizador cinematográfico, como estreia aqui fica a minha primeira curtíssima metragem, dedicada aos três skiffistas do S.C.C. que participaram no último campeonato nacional de Inverno, com imagens cedidas pelos juniores do Caminhense, embora tenha optado por colocar uma musiquinha da minha amiga Shakira porque os sacanas dos juniores só gritavam pelo “Minas”, por mim nada, aqui fica um exemplo de como ocupar um bocado de tempo em frente ao computador, prometo melhorar a qualidade em futuras ocasiões.

quarta-feira, abril 04, 2007

Aranhas móveis!


Confesso que a primeira vez que vi este vídeo também não reparei neste pequeno grande pormenor, como também não apanho absolutamente nada da língua francesa, parecia-me apenas mais uma simples regata de skiff, do campeonato do mundo de 1982, mas quando, num determinado ângulo de filmagem à proa de uma embarcação, verifiquei que esta praticamente não sofria a oscilação normal, consoante a ida à frente e a vinda para trás, ai achei estranho, muito estranho, pensei para mim, em 1982 é que se remava bem, verifiquei melhor, e descobri, aranhas móveis.
Pois bem, de certeza que muita gente já tinha ouvido falar nesta fase da evolução das embarcações de remo, chegaram a permitir este tipo de embarcações em competição, como foi o caso deste campeonato do mundo, muito embora mais tarde fosse decidido aboli-las do plano competitivo, uma das grandes vantagens deste sistema é sem duvida o anular da oscilação que a proa e a popa de um barco normal sofrem, nestas embarcações o centro de gravidade é fixo, o slide não se movia, as aranhas e o pau de voga funcionavam em conjunto e moviam-se simultaneamente, também se comentava que este tipo de embarcações eram mais rápidas do que as convencionais, ai não sei, 7 minutos foi o tempo do vencedor desta final, 6:35 é o tempo do actual campeão do mundo, uma coisa é certa, já lá vão uns bons 25 anos, tudo tem evoluído muito, se bem que, como aconteceu neste caso, nem toda a evolução pode ser permitida, de certeza que se esta decisão não fosse tomada hoje em dia o remo era muito diferente daquilo que é.