Campeonato Nacional de Inverno – 2ª parte
Está concluída a chamada fase invernal do calendário do remo português, com a disputa no passado domingo da 2ª parte do campeonato nacional de Inverno, para juniores barcos longos, para seniores barcos curtos, como é normal desta vez maior numero de inscrições em seniores com necessidade da realização de eliminatórias em todas as regatas.
Novamente com a meteorologia a ajudar, temperatura bastante agradável, vento à semelhança do que aconteceu na primeira parte deste campeonato, a soprar ligeiramente favorável da parte da manha, rodando novamente, mais ou menos a meio da tarde para soprar contra, fazendo de imediato com que as regatas ficassem mais lentas do que o normal.
A minha prova, chegava por fim a hora de verificar em competição oficial qual seria o meu desempenho, era a hora de por à prova as duas semanas de treino intensivo em skiff, pois bem, resultar acho que resultaram, fui minimamente competitivo, mas, a inexperiência tem um preço, e eu paguei bem caro essa inexperiência neste tipo de embarcação, larguei que nem um tolo, ganhei quase todas as metas volantes, só que, esqueci-me que em skiff as regatas demoram um pouco mais de tempo do que em outras embarcações maiores, e acabei por pagar bem caro esse meu atrevimento na parte final, rebentei por completo, terminei em terceiro lugar a minha eliminatória, mas pior ainda foi verificar que, foi por apenas um segundo que não tinha conseguido entrar na final principal, paciência, nada para o que já não estava preparado, e além disso a final B passou a ter um verdadeiro motivo de interesse, três tripulações do SCC presentes, além de remar numa muito meritória final B, assim penso eu, iria ser muito interessante este despique interno logo aqui num campeonato nacional.
Final B, pista 4, ao meu lado companheiros de clube, desta vez também meus rivais, estavam também presentes nesta final alguns meus velhos rivais dos tempos mais áureos, com a lição bem aprendida da parte da manha, larguei com mais calma, e fui de trás para a frente, a meio da prova já estava em primeiro lugar com o Paulo Cerquido a menos de meio barco de mim e o Henrique Baixinho a cerca de barco e meio, foi uma bonita disputa, sempre muito renhida entre nós os três, o Paulo conseguiu ser mais forte que eu nos últimos metros e ganhou, e o Baixinho fez novamente uma daquelas pontas finais às que já nos habituou e aproximou-se bastante de mim, embora não me tenha conseguido passar, a diferença final entre nós os três foi de apenas três segundos, lindo. Já não há palavras para descrever o Baixinho, não é o melhor remador português de todos os tempos só pelo que já fez no remo nacional, é o melhor remador português de todos os tempos pelo que continua a fazer, com quase 45 anos de idade consegue fazer duas provas daquele nível em skiff, passamos estas duas semanas num verdadeiro despique verbal de intenções, na base da brincadeira é claro, se há uma coisa da qual eu nunca me envergonharia era perder com o “Mina”, e só tenho é que lhe agradecer por me ter ajudado muito nestas duas semanas, apenas foi meu rival desde a voz de largada até ao apito de chegada, foi sempre meu companheiro e amigo em todos os treinos realizados e até lhe confiei a tarefa de me afinar o barco, o remo para além da vertente competitiva, tem de ser encarado como uma escola de vida em que constantemente desenvolvemos valores como o respeito, educação e companheirismo, muitas vezes com a ânsia de ganhar esquecemos estes valores, e de nada serve, acreditem de nada serve mesmo.
Apesar de novamente se esperar um pouco mais de uma ou outra tripulação, o Caminhense mais uma vez, na minha opinião, esteve bastante bem neste campeonato, mostrou que para além da grande tradição do clube ser o shell de oito, também conseguimos alcançar bons resultados em barcos mais curtos, participamos em cinco regatas, no 4- JM (1º lugar), 2- SM (2º e 3º lugar), 2X SM (4º lugar), 2+ SM (1º lugar) e em 1X SM (7º, 8º e 9º lugar), alcançamos a terceira posição no ranking, embora para nós esta classificação não tenha muita importância, para um clube de uma pequena vila, que nem sequer tem atletas dos sexo feminino e apenas se apresenta com uma equipa de juniores, alcançar a terceira posição num ranking, penso que diz tudo.
Fazendo agora um balanço, podia fazer um “copy paste” aquilo que escrevi quanto à organização deste campeonato no comentário à primeira parte deste campeonato, por isso é melhor não ser repetitivo, outra situação da qual se voltou a falar e comentar, desigualdade das pistas, novamente voltou à baila o tema de que as últimas pistas estavam mais abrigadas do vento, da minha parte pouco posso concluir, remei na pista 6, senti bastante o vento nas minhas costas e nas pás dos meus remos, talvez quem tenha remado nas pistas 3,4 e 5 tenha sentido mais e quem remou nas pistas 7 e 8 tenha sentido menos, já é uma questão velha e não estranha a quem lá rema, talvez se pudesse tentar fazer alguma coisa para evitar estas desigualdades, por exemplo, em vez de se utilizar as primeiras pistas para retorno e aquecimento, inverter tudo, utilizar as pistas mais afastadas para essa função e competir nas pistas mais chegadas ao lado da tribuna, seria uma solução, não sei, se bem que haveria outro problema, se o vento sopra lateralmente poderia fazer com que alguma embarcação menos experiente que compita nas primeiras pistas terminasse embatendo na margem, enfim, é daqueles quebra-cabeças difíceis de solucionar e temos de nos ir habituando à expressão, hoje és tu favorecido amanha serei eu, uma sorte, embora sempre traumatizante para quem treina tanto e depois pode ver o seu destino travado pela sorte.
Uma história caricata, ver um remador partir dois remos num só dia, acho que não bateu em nada, partiram-se sem qualquer explicação, para mim não foi completa novidade, já assisti a uma situação parecida numa regata em França, onde o voga de um quadriscull conseguiu esta proeza duas vezes seguidas e sempre na primeira remada da largada, é caricato para nós mas com certeza foi bastante desagradável para ele, principalmente da parte da tarde quando acabou mesmo por virar, cair à agua e fazer a sua prova totalmente encharcado, se os remos ainda se encontrarem abrangidos pela garantia, além de pedir a sua substituição, também seria interessante pedir alguma explicação ao fabricante.
E agora, próximos objectivos, sinceramente não sei, da minha parte vou dividir um pouco o remo com a bicicleta, de qualquer maneira espero estar presente novamente no campeonato nacional de verão, afinal esse é o verdadeiro campeonato de todos os campeonatos nacionais, até lá, um abraço e bons treinos.
Novamente com a meteorologia a ajudar, temperatura bastante agradável, vento à semelhança do que aconteceu na primeira parte deste campeonato, a soprar ligeiramente favorável da parte da manha, rodando novamente, mais ou menos a meio da tarde para soprar contra, fazendo de imediato com que as regatas ficassem mais lentas do que o normal.
A minha prova, chegava por fim a hora de verificar em competição oficial qual seria o meu desempenho, era a hora de por à prova as duas semanas de treino intensivo em skiff, pois bem, resultar acho que resultaram, fui minimamente competitivo, mas, a inexperiência tem um preço, e eu paguei bem caro essa inexperiência neste tipo de embarcação, larguei que nem um tolo, ganhei quase todas as metas volantes, só que, esqueci-me que em skiff as regatas demoram um pouco mais de tempo do que em outras embarcações maiores, e acabei por pagar bem caro esse meu atrevimento na parte final, rebentei por completo, terminei em terceiro lugar a minha eliminatória, mas pior ainda foi verificar que, foi por apenas um segundo que não tinha conseguido entrar na final principal, paciência, nada para o que já não estava preparado, e além disso a final B passou a ter um verdadeiro motivo de interesse, três tripulações do SCC presentes, além de remar numa muito meritória final B, assim penso eu, iria ser muito interessante este despique interno logo aqui num campeonato nacional.
Final B, pista 4, ao meu lado companheiros de clube, desta vez também meus rivais, estavam também presentes nesta final alguns meus velhos rivais dos tempos mais áureos, com a lição bem aprendida da parte da manha, larguei com mais calma, e fui de trás para a frente, a meio da prova já estava em primeiro lugar com o Paulo Cerquido a menos de meio barco de mim e o Henrique Baixinho a cerca de barco e meio, foi uma bonita disputa, sempre muito renhida entre nós os três, o Paulo conseguiu ser mais forte que eu nos últimos metros e ganhou, e o Baixinho fez novamente uma daquelas pontas finais às que já nos habituou e aproximou-se bastante de mim, embora não me tenha conseguido passar, a diferença final entre nós os três foi de apenas três segundos, lindo. Já não há palavras para descrever o Baixinho, não é o melhor remador português de todos os tempos só pelo que já fez no remo nacional, é o melhor remador português de todos os tempos pelo que continua a fazer, com quase 45 anos de idade consegue fazer duas provas daquele nível em skiff, passamos estas duas semanas num verdadeiro despique verbal de intenções, na base da brincadeira é claro, se há uma coisa da qual eu nunca me envergonharia era perder com o “Mina”, e só tenho é que lhe agradecer por me ter ajudado muito nestas duas semanas, apenas foi meu rival desde a voz de largada até ao apito de chegada, foi sempre meu companheiro e amigo em todos os treinos realizados e até lhe confiei a tarefa de me afinar o barco, o remo para além da vertente competitiva, tem de ser encarado como uma escola de vida em que constantemente desenvolvemos valores como o respeito, educação e companheirismo, muitas vezes com a ânsia de ganhar esquecemos estes valores, e de nada serve, acreditem de nada serve mesmo.
Apesar de novamente se esperar um pouco mais de uma ou outra tripulação, o Caminhense mais uma vez, na minha opinião, esteve bastante bem neste campeonato, mostrou que para além da grande tradição do clube ser o shell de oito, também conseguimos alcançar bons resultados em barcos mais curtos, participamos em cinco regatas, no 4- JM (1º lugar), 2- SM (2º e 3º lugar), 2X SM (4º lugar), 2+ SM (1º lugar) e em 1X SM (7º, 8º e 9º lugar), alcançamos a terceira posição no ranking, embora para nós esta classificação não tenha muita importância, para um clube de uma pequena vila, que nem sequer tem atletas dos sexo feminino e apenas se apresenta com uma equipa de juniores, alcançar a terceira posição num ranking, penso que diz tudo.
Fazendo agora um balanço, podia fazer um “copy paste” aquilo que escrevi quanto à organização deste campeonato no comentário à primeira parte deste campeonato, por isso é melhor não ser repetitivo, outra situação da qual se voltou a falar e comentar, desigualdade das pistas, novamente voltou à baila o tema de que as últimas pistas estavam mais abrigadas do vento, da minha parte pouco posso concluir, remei na pista 6, senti bastante o vento nas minhas costas e nas pás dos meus remos, talvez quem tenha remado nas pistas 3,4 e 5 tenha sentido mais e quem remou nas pistas 7 e 8 tenha sentido menos, já é uma questão velha e não estranha a quem lá rema, talvez se pudesse tentar fazer alguma coisa para evitar estas desigualdades, por exemplo, em vez de se utilizar as primeiras pistas para retorno e aquecimento, inverter tudo, utilizar as pistas mais afastadas para essa função e competir nas pistas mais chegadas ao lado da tribuna, seria uma solução, não sei, se bem que haveria outro problema, se o vento sopra lateralmente poderia fazer com que alguma embarcação menos experiente que compita nas primeiras pistas terminasse embatendo na margem, enfim, é daqueles quebra-cabeças difíceis de solucionar e temos de nos ir habituando à expressão, hoje és tu favorecido amanha serei eu, uma sorte, embora sempre traumatizante para quem treina tanto e depois pode ver o seu destino travado pela sorte.
Uma história caricata, ver um remador partir dois remos num só dia, acho que não bateu em nada, partiram-se sem qualquer explicação, para mim não foi completa novidade, já assisti a uma situação parecida numa regata em França, onde o voga de um quadriscull conseguiu esta proeza duas vezes seguidas e sempre na primeira remada da largada, é caricato para nós mas com certeza foi bastante desagradável para ele, principalmente da parte da tarde quando acabou mesmo por virar, cair à agua e fazer a sua prova totalmente encharcado, se os remos ainda se encontrarem abrangidos pela garantia, além de pedir a sua substituição, também seria interessante pedir alguma explicação ao fabricante.
E agora, próximos objectivos, sinceramente não sei, da minha parte vou dividir um pouco o remo com a bicicleta, de qualquer maneira espero estar presente novamente no campeonato nacional de verão, afinal esse é o verdadeiro campeonato de todos os campeonatos nacionais, até lá, um abraço e bons treinos.
Resultados:
Eliminatórias: aqui
Finais: aqui
12 Comments:
é com estes atletas que vamos tentar o apuramento? só se for uma brincadeira... fraquinhos... ou melhor, que vergonha 2- do caminhense
Foi um nacional muito fixe!! Só foi pena mesmo o 2-, pois são uma grande equipa, contudo não se pode vencer sempre...mas para aqueles que falam sem saber do que está por trás, que se candidatem a um lugar na equipa nacional!!! Pode ser que consigam levar coça e vir embora(para o anónimo que nem coragem tem de enunciar o seu nome)!!!Abraço e bons treinos
Noticia do site do GCF
FEITA JUSTIÇA !
A Federação Portuguesa de Remo decidiu corrigir o erro do Júri na regata de quatro sem timoneiro (pesos ligeiros) dos Campeonatos Nacionais de Fundo (Porto, 4 de Fevereiro).
Foi-nos atribuída a pontuação máxima naquela regata, passando o Ginásio Litocar da 5ª para a 3ª posição no Ranking final dos Campeonatos.
Antonio quarteu, viu-se bem a diferença entre o 2- do caminhense e o do Skoda. Os do caminhense são dois "touros" que precisam de rodinhas de apoio para andar de bicicleta (bons para 8+) enquanto os do skoda andam muito bem em monociclo. Não sei se me faço entender...
Agora na tv é que se vê bem a diferença e se é como dizem do bruno do skoda não estar ainda em condições, entao a diferença ainda é maior...
Mas contudo novas regatas viram...
Abraços
Joao Moreira
monociclos, touros, ciclismo, tourada, afinal tamos a falar de que modalidade?
filha da puta põe o que escrevem !!!!! Tu não sabes quem sou mas eu sei quem és cabrão!!!
gosto da parte"Os do caminhense são dois "touros" " dois touros só se for por trem cornos pois um puxa 6.12 e o outro 6.25!!!! grandes touros
Os nossos amarelinhos vão mostrar tb como fez o Nuno e o Bruno como se ganha aos bois de verde!!!!!!!!!
bois é o que não falta no remo portugues, aqui atráz esta um exemplo de um com pedigree!
eu adoro ver este pessoal que não tem "raça" ou um pouco de "brio" ou mesmo "dignidade" em falar do que não sabem e ainda por cima escrevem-me em anónimo!!! Parabéns campeões!!! Já agora quando forem campeões nacionais peçam para que quando forem "divulgar" os nomes dos campeões nacionais digam "anónimos"!!! Se o são para umas coisas, também são para outras!!!Fiquem bem e bons treinos
bem! parabens ao coelho e ao bruno1 podiam ser grandes remadores na seleçao! é pena ke no mundial nao se consigua mudar os angulos das aranhas dos adversarios!!.. se nao, mesmo lesisonados ainda ganhavam uma medalhita!! vces sao tds muito bons!! so keria ser cm vcs.. abraços para os monociclos.. ou mecânicos..
loooooooooooool é tao giro o remo em portugal!!
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